Turma Agosto 2019


Hoje a área da computação é predominantemente masculina. Pensando nisso, o cMiN@ criou o minicurso “Lógica de programação e solução criativa usando Python” para incentivar meninas que tenham interesse em computação a darem o seus primeiros passos. As duas primeiras versões do curso foram um sucesso!

Para essa terceira edição resolvemos trazer uma novidade, ao invés de usar Python nas duas turmas que serão abertas, usaremos Python em uma das turmas e JavaScript na outra. Assim pretendíamos alcançar mulheres com interesses diferentes, por exemplo, quem tem mais interesse na área voltada à dados poderia optar pela turma de Python, já quem tivesse mais interesse pelo Desenvolvimento Web poderia optar por JavaScript.

O minicurso tem como objetivo aperfeiçoar/desenvolver o pensamento algorítmico e a solução de problemas usando a linguagem de programação Python ou JavaScript. Ele foi montado e ministrado por alunas que cursam, ou já terminaram o Bacharelado em Ciência da Computação (BCC), e não utilizou nenhum tipo de avaliação com notas.

O conteúdo apresentado serve como base para disciplinas como Bases Computacionais da Ciência, Processamento da Informação, e outras matérias do BCC.

Metodologia

No curso são ensinadas as estruturas básicas de programação: atribuições, condicionais e laços.

Todas as aulas foram práticas, aos sábados, com duração de três horas (9-12h), e foram realizadas em laboratório didático de Informática da UFABC. As instrutoras foram discentes do BC&T e apresentaram os conceitos de cada aula por meio de exemplos cotidianos. Cada turma contou também com pelo menos duas monitoras que auxiliaram as participantes ao longo de cada aula, as monitoras também foram discentes no BC&T, sendo algumas delas ex-alunas no minicurso ministrado em junho de 2018. Durante as aulas foram propostas atividades e problemas que necessitavam o entendimento dos conceitos abordados. A resolução dessas atividades pelas participantes foi acompanhada pelas instrutoras e monitoras.

Instrumentos e critérios de avaliação

Não foram aplicadas atividades ou trabalhos valendo notas, para não criar uma pressão, que poderia atrapalhar o aprendizado das alunas. No entanto, para conseguir acompanhar a evolução e quais conceitos estavam ou não sendo compreendidos pelas alunas, foi utilizada a plataforma Kahoot, na qual testes com os conceitos de cada aula foram aplicados. Essa forma de testar o conhecimento das alunas tem se mostrado bastante interessante, uma vez que a dinâmica é divertida, e permite que as instrutoras identifiquem quais tópicos não foram compreendidos.

Mesmo sem uma forma de avaliação valendo nota, as alunas deveriam ter pelo menos 75% de presença nas aulas para poder receber o certificado de conclusão do curso, uma vez que o esforço e vontade de aprender eram pontos essenciais buscados em cada pessoa selecionada para o curso.

Público alvo

Meninas e mulheres com poucas habilidades de programação, mas com interesse na área de tecnologia da informação, e deveriam ser alunas da graduação da UFABC, independente do curso, técnicas administrativas e mulheres da comunidade externa da UFABC, como alunas e professoras das escolas públicas da região. 50% das vagas foram para alunas da UFABC, e as outras 50% divididas entre os outros diferentes perfis. O curso era exclusivo para mulheres cis ou trans. 

Informações Gerais

Local: UFABC – Universidade Federal do ABC – Campus Santo André
Datas: 28/09, 05/10, 12/10, 19/10 e 26/10
Vagas: 60 (30 para turma de Python e 30 para a de JavaScript)
Inscrições: 10/08 à 17/08
Público: mulheres cis ou trans
Curso gratuito

Não era necessário conhecimento prévio sobre programação, uma vez que se trata de um curso introdutório. 

Resultados Turma Python

Um questionário foi enviado ao final do curso para entender como havia sido a experiência das participantes. A seguir algumas das respostas.

Ao serem perguntadas sobre o nível de conhecimento em lógica de programação 36.4% disseram que sabem o que é lógica de programação, mas não sabem aplicá-la e 63.6% que sabem o que é lógica de programação e sabem como aplicá-la.

Sobre o material do curso, 100% disseram que estava claro e fácil de entender.

Sobre o conteúdo das aulas, 18.2% disseram que era fácil e conseguiram acompanhar, 72.7% que não era nem fácil, nem difícil e conseguiram acompanhar e 9.1% que era difícil, mas conseguiram acompanhar.

Sobre os exercícios, 90.9% disseram que eram adequados e 9.1% que eram difíceis demais.

Sobre o curso ser apenas para mulheres, 100% disseram que faz diferença, que se sentiram mais à vontade.

Sobre como se sentem em relação a área de programação, 72.7% se sentem confiantes e gostariam de aprender mais, 9.1% se disseram neutras e 18.2% nada confiantes, porém gostariam de aprender mais.

Sobre pretender estudar Computação ou carreira similar, 54.5% responderam talvez e 45.5% sim.

Ao serem perguntadas se gostariam que houvesse uma próxima turma, dando continuidade ao que havia sido aprendido, 100% responderam que sim.

Algumas mensagens recebidas ao final do questionário.

Resultados Turma JavaScript

Um questionário foi enviado ao final do curso para entender como havia sido a experiência das participantes. A seguir algumas das respostas.

Ao serem perguntadas sobre o nível de conhecimento em lógica de programação 18.2% disseram que sabem o que é lógica de programação, mas não sabem aplicá-la e 81.8% que sabem o que é lógica de programação e sabem como aplicá-la.

Sobre o material do curso, 81.8% disseram que estava claro e fácil de entender, 9.1% que poderia ser melhorado e 9.1% que os materiais das últimas aulas podiam ser simplificados.

Sobre o conteúdo das aulas, 18.2% disseram que era fácil, pois já conheciam, 36.4% que era fácil e conseguiram acompanhar, 36.4% que não era nem fácil, nem difícil e conseguiram acompanhar e 9.1% que era difícil, mas conseguiram acompanhar.

Sobre os exercícios, 100% disseram que eram adequados.

Sobre o curso ser apenas para mulheres, 9.1% disseram que sentem que não muda nada e 90.9% disseram que faz diferença, que se sentiram mais à vontade.

Sobre como se sentem em relação a área de programação, 100% se sentem confiantes e gostariam de aprender mais.

Sobre pretender estudar Computação ou carreira similar, 90.9% responderam sim e 9.1% não.

Ao serem perguntadas se gostariam que houvesse uma próxima turma, dando continuidade ao que havia sido aprendido, 100% responderam que sim.

Algumas mensagens recebidas ao final do questionário.