Estudo da Circunferência

Podemos definir uma circunferência como um conjunto de pontos que possuem a mesma distância (são equidistantes) de um ponto central C (conhecido como “centro da circunferência”). Assim como a elipse, a hipérbole, e a parábola, a circunferência também é uma figura cônica e, portanto, pode ser obtida através de um corte paralelo à base do chamado cone duplo de revolução.

corte da circunferência

Posição relativa entre circunferências

Quando temos duas circunferências no plano, também podemos fazer a análise da posição relativa entre elas. Para isso, precisamos conhecer a medida de seus raios e as posições de seus centros, que podemos encontrar a partir da equação da circunferência.

(x – xc)2 + (y – yc)2 = r2

Onde x e y são as coordenadas de um ponto qualquer da circunferência, xc e yc são as coordenadas do centro, e r é o raio.

Sabendo dos valores do centro, precisamos utilizar a fórmula da distância entre dois pontos (os centros) para descobrir a posição relativa entre elas.

\[ d = \sqrt{(xb-xa)^{2} + (yb – ya)^{2}} \]

Onde xa e ya são as coordenadas do centro da circunferência e xb yb são as coordenadas de um ponto qualquer.

Sendo assim, vamos ver quais são as possíveis posições relativas entre duas circunferências.

– Concêntricas

Se a distância entre os centros for igual a 0, ou seja, se d = 0, isso significa que ambas as circunferências possuem o mesmo centro.

circunferencias concentricas

– Internas

Se a distância entre os centros for menor que a diferença entre os raios das circunferências, ou seja, d < r1 – r2, então uma circunferência está dentro da outra, e elas não possuem pontos em comum.

circunferencias internas

– Tangente interna

Se a distância entre os centros for igual a diferença entre os raios das circunferências, ou seja, d = r1 – r2, então uma circunferência está dentro da outra, e elas possuem um ponto em comum.

circunferencias tangente interna

– Coincidentes

Se duas circunferências possuem o mesmo centro (C1 = C2) e o mesmo raio (r1 = r2), isso significa que elas ocupam exatamente o mesmo espaço no plano, pois uma está “sobre” a outra.

circunferencias coincidentes

– Secante

Se a distância entre os centros for maior que a diferença entre os raios das circunferências e menor que a soma dos dois raios, ou seja, r1 – r2 < d < r1 + r2, então as circunferências possuem dois pontos em comum.

circunferencias secante

– Tangente externa

Se a distância entre os centros for igual a soma entre os raios das circunferências, ou seja, d = r1 + r2, isso significa que uma circunferência está externa à outra, porém, elas possuem um ponto em comum.

circunferencias tangente externa

– Externas

Se a distância entre os centros for igual a soma entre os raios das circunferências, ou seja, d > r1 + r2, isso significa que uma circunferência está externa à outra e não possuem pontos em comum.

circunferencias externas

Exemplo: dadas as circunferências de equações reduzidas A: (x – 2)2 + (y – 4)2 = 82 e B: (x + 5)2 + (y – 3)2 = 62, encontre a posição relativa entre elas.

Para encontrar o que pede o exemplo, precisamos primeiramente encontrar as coordenadas dos centros das circunferências. Desse modo, CA = (2, 4) e CB = (-5, 3). 

Sabendo disso, temos que calcular a distância entre esses centros utilizando a fórmula da distância entre dois pontos.

\[ d = \sqrt{(-5-2)^{2} + (3 – 4)^{2}} \] \[ d = \sqrt{(-7)^{2} + (-1)^{2}} \] \[ d = \sqrt{49 + 1} = \sqrt{50} \] \[ d = 7,07 \]

Sabendo que a distância entre os centros é 7,07, precisamos agora comparar com os raios das figuras, que, pelas equações reduzidas, são, r1 = 8 e r2 = 6. E como a distância está entre os valores dos raios, ou seja, r2 < d < r1, então a posição relativa entre as circunferências é secante. 🙂

E é isso, finalizamos aqui o estudo da circunferência. Todas as informações vistas ao longo das páginas nos mostram o quão conectadas estão as várias partes da geometria analítica, e como a partir de uma figura conseguimos encontrar informações sobre outras.


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