Triângulos
Não há dúvidas de que o triângulo é uma das figuras mais importantes da geometria (talvez até a mais importante). Mas por quê? Se você viu a página sobre polígonos, viu que podemos dividir alguns dos polígonos regulares em diversos triângulos, ou seja, com apenas uma figura podemos resolver diversos tipos de problemas, o que facilita muito a nossa vida.
Já que essas figuras são tão importantes assim, que tal conhecer mais sobre elas?
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Área do triângulo
Os triângulos, assim como as outras figuras planas, possuem área. Já sabemos que existem diversos tipos de triângulos, mas como calculamos a área de cada um deles?
– Triângulo retângulo
Como sabemos, um triângulo retângulo é aquele que possui um ângulo de 90°. Desse modo, o cálculo da área desta figura segue a seguinte equação:
Sendo b a medida da base do triângulo e h a altura do triângulo. Conforme a figura a seguir:
Mas e se não soubermos a altura do triângulo? Aí basta utilizar o Teorema de Pitágoras visto anteriormente para encontrar este valor. 😉
– Triângulo isósceles
Um triângulo isósceles é aquele possui dois lados com mesma medida. Então como encontramos sua área? Exatamente da mesma forma que fizemos para o triângulo retângulo, utilizando a equação:
Sendo b a medida da base do triângulo e h a altura do triângulo. Conforme a figura a seguir:
E como encontramos a altura? Basta utilizar o Teorema de Pitágoras. Perceba que a altura (h) do triângulo isósceles divide a figura em dois triângulos retângulos, e isso nos permite utilizar o Teorema.
– Triângulo equilátero
Um triângulo equilátero é aquele que possui todos os lados com a mesma medida. Mas encontrar sua área? Olha só que surpresa, utilizamos a fórmula:
Sendo b a medida da base do triângulo e h a altura do triângulo. Conforme a figura a seguir:
Mas temos um porém aqui. Nos outros casos, se não sabemos a altura, podemos utilizar o Teorema de Pitágoras para encontrá-la, e aqui também podemos fazer isso, mas não é necessário. Vamos ver por quê?
Primeiramente temos que dividir o triângulo equilátero em dois triângulos retângulos, conforme a figura a seguir:
Agora já estamos aptos a aplicar o Teorema. Na figura anterior, temos os lados m (hipotenusa), n (cateto) e h (cateto). Substituindo na fórmula do Teorema:
Porém, como estamos falando de um triângulo equilátero, isso significa que todos os lados possuem a mesma medida, não é? Logo, temos que n = m/2. Substituindo na equação anterior:
Isolando h, temos que:
Lembra da fórmula inicial? . Agora que sabemos o valor de h, podemos substituí-lo nessa equação:
Ou seja, a área de um triângulo equilátero não depende da sua altura, mas somente da medida dos lados, o que torna tudo bem mais fácil. Veja que não é necessário decorar essa fórmula, pois ela pode ser facilmente obtida a partir da junção da equação inicial com o valor de h encontrado no Teorema de Pitágoras.
– Triângulo escaleno
Um triângulo escaleno é aquele que possui todos os lados e ângulos com medidas diferentes. Para encontrar a área desta figura, também partimos da fórmula , porém, como seus lados são todos diferentes, não temos como dividir o triângulo em duas partes iguais. Desse modo, iremos precisar da ajuda da trigonometria, que veremos com mais detalhes na próxima página. Como calcular a área então? Há três fórmulas diferentes, mas todas chegam na mesma resposta:
Sendo a, b, c os lados do triângulo e M, N, O os ângulos, conforme figura a seguir:
Cálculo de área com determinantes
Suponha que te peçam para calcular a área de um triângulo, mas te forneçam apenas as coordenadas dessa figura no plano cartesiano. O que você faria? Desenharia o plano cartesiano e colocaria esse triângulo nas coordenadas descritas? É uma opção, mas isso pode levar algum tempo, e se você tiver com pressa, todo esse processo pode te atrasar um pouco.
Desse modo, podemos calcular a área deste triângulo de outra forma, sem ao menos saber como é o formato da figura. Basta utilizar determinantes. 🙂
Para esse cálculo, iremos utilizar a fórmula:
Onde |D| é o módulo do determinante formado pelas coordenadas do triângulo. Mas como encontrar esse determinante? Supondo um triângulo de lados A, B e C, só precisamos montar uma matriz 3×3 da seguinte forma:
Ou seja, na coluna da esquerda vão as coordenadas x do triângulo, na do meio vão as coordenadas y, e na coluna da direita é só preencher todas as linhas com o número 1. Vamos fazer um exemplo para ficar mais claro?
Exemplo: calcule a área de um triângulo de vértices A = (4, 2), B = (4, 7), C = (9, 7).
Como temos as coordenadas do triângulo, a área será o determinante da matriz formada pelos vértices:
Resolvendo o determinante:
4(7*1-1*7) – 2(4*1-1*9) + 1(4*7-7*9) =
4*0 – 2*(-5) + 1*(-35) =
0 + 10 – 35 = -25
Mas como a área é dada pela metade do módulo do determinante, então temos que:
A = 12,5
Só para você ver que daria na mesma desenhar o triângulo, vamos resolver utilizando a fórmula que já vimos anteriormente.
Como vemos na figura, a altura do triângulo será dada pela medida do lado paralelo ao eixo y, ou seja, 7-2 = 5. Já a base do triângulo será o lado paralelo ao eixo x, ou seja, 9-4 = 5.
Substituindo esses valores na fórmula, temos que:
A = 12,5
Que é o mesmo resultado encontrado com o cálculo do determinante da matriz 3×3. Por fim, para terminar esse assunto tão interessante que são os triângulos, vamos falar um pouco sobre trigonometria!
Referências
Área dos triângulos
https://www.todamateria.com.br/area-do-triangulo/
Área dos triângulos por determinantes
https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/area-triangulo-2.htm